sábado, 13 de abril de 2024

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2° TRIMESTRE 2024 - LIÇÃO 3 - ADULTOS



 O CÉU - O DESTINO DO CRISTÃO

Ao homem natural é impossível discernir as coisas espirituais, visto que elas só podem ser discernidas espiritualmente (1 Co 2.14).  Por isso, a sabedoria humana apresenta diversas concepções enganosas a respeito do céu, a ponto de negar a sua existência.  Contudo, ao cristão é garantido a gloriosa promessa de desfrutar do céu como uma morada na vida eterna com Deus (Jo 11.25,26; 14.2,3; At 1.11).  Em vista disso, o nosso propósito é o de mostrar o céu como destino glorioso de todo cristão peregrino.

Logo que aceitamos a Cristo como Salvador, nossa mente passa a ser transformada (1 Co 2.16), o que nos leva a não desejarmos mais nos moldar ao padrão de vida deste mundo pecaminoso, nem ter mais desejo de ficar aqui, pois, doravante, pensamos apenas nas coisas de cima (Cl 3.1,2), em especial a conscientização de que nossa é na Pátria Celestial.

Os que vivem piedosamente em Jesus Cristo são conscientes de que seu Reino não é deste mundo, como não era de Cristo (Jo 18.36).  Assim, vivemos nesta terra como peregrinos, isto é, a morada deste mundo é temporária, sendo que a nossa verdadeira morada está no Céu, razão pela qual somos vistos como estrangeiros.

I - CÉU: O ALVO DE TODO CRISTÃO

1 - Definindo Céu

A palavra hebraica shamayim, que significa céu, céus (Gn 1.1), aparece 419 vezes no Antigo Testamento.  O termo grego ouranós, céu (Mt 3.2; Ap 21.10), aparece 280 vezes no Novo Testamento com dois sentidos: 1) como firmamento, universo, atmosfera; 2) céus siderais e estrelados, região acima  dos céus siderais, sede da ordem das coisas eternas e perfeitas onde Deus e criaturas celestes habitam.

Nas traduções da Bíblia em língua portuguesa a palavra shamayim foi traduzida por "altura", e ouranós, como "algo elevado".  Ambas as palavras são usadas para se referir a três  locais distintos: 1) céu atmosférico (Dt 11.11,17); 2) universo ou firmamento dos céus (Gn 1.14; 15.5; Hb 1.10); 3) morada de Deus (Is 63.15; Mt 7.11,21; Ap 3.12).  Dos três locais aplicados à palavra céu, o mais importante para o cristão é o terceiro, a morada de Deus.

Ao se falar do Céu, nossa perspectiva sobre tal temática deve ser totalmente bíblica, visto que é por intermédio das Sagradas Escrituras que nos é assegurada a promessa do Céu e sua realidade.  Como sabemos, a Palavra de Deus é verdadeira, inspirada e fiel (2 Tm 3.16; 1 Tm 4.15; 3.1; 4.9). Fora do padrão das Escrituras, o cristão pode correr o risco de ter uma visão popular sobre o Céu, tendo-o apenas como algo "fantasmagórico", de seres desencarnados, lugar onde as pessoas só vivem cantando o tempo todo, lugar entre as nuvens, onde todos serão anjos.  O crente deve procurar crer no que a Bíblia diz, caso contrário, poderá matizar diversas combinações erradas.

A melhor descrição para o Céu consta na Palavra de Deus:  ele é descrito como uma realidade maravilhosa e física, mas fora desta terra (1 Rs 21.24; Sl 19.1; At 1.11); ele é visto como uma dimensão totalmente espiritual, apontando para um lugar onde Deus habita (1 Rs 8.27; Am 9.6; At 7.55).

2 - O Céu conforme o ensino de Paulo

O apóstolo Paulo foi arrebatado até o terceiro Céu.  Não por acaso, esse céu está enfatizado nas cartas do apóstolo como lugar celestial, o lar dos salvos em Cristo Jesus, onde temos um destino assegurado: o de estar para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17; cf. Ef 1.3,20; 2.6).

O terceiro Céu, para qual Paulo foi arrebatado, é o Céu que está acima do céu atmosférico, no qual os pássaros voam; é o Céu que está acima do que é estrelado, que ornamenta a órbita.  Na verdade, o terceiro céu é descrito como o lugar onde Deus descreve sua glória.

O que podemos dizer do terceiro céu na visão de Paulo é que se trata do lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66.1; Mt 24.36; 2 Co 5.1).

3 - O alvo do cristão

O cristão tem como meta as coisas que são de cima (Cl 3.1,2), não se amoldando mais com este mundo pecaminoso (Rm 12.2).

Depois de salvo, não pertencemos mais a este mundo. Por isso, Paulo ensina que prossegue para o alvo, isto é, a linha de chegada que o atleta alcança o prêmio (1 Co 9.24; 2 Tm 4.8).  Assim, o apóstolo persegue o prêmio com determinação, liberdade, empenho e com os olhos fixos no Autor da Salvação (Hb 12.2). Igualmente, o cristão passa a ter o céu como alvo por causa da soberana vocação, que vem de cima, isto é, de Deus por meio de Jesus Cristo.

O Céu é o alvo daquele crente que procurou viver conforme a Palavra de Deus, que priorizou a vontade do Senhor, que viveu neste mundo vil em total santidade (Hb 12.14).

Pedro diz que nós somos gerados para uma viva esperança (1 Pe 1.3; 2 Co 1.3; Ef 1.3; Jo 3.3; 1 Pe 3.21). 

O desejo que o crente tem de ir para o Céu é consequência da nova natureza que recebeu pelo novo nascimento.

Assim, um cristão que vive sua vida influenciada pelo desejo do céu nesta terra prossegue incólume, não temendo a nada, pois é consciente de que sua pátria definitiva está nos céus (Fp 3.20). A expressão a "nossa pátria está nos céus" sintetiza bem essa nova realidade.  Ao mencionar essa expressão, o apóstolo mostra que temos uma cidadania celestial (Ef 2.19).  Para viver a plenitude dessa cidadania, o cristão peregrina para algo perfeito, absoluto, em que finalmente terá o corpo abatido transformado conforme o corpo glorioso de Jesus Cristo (1 Co 15.44; 1 Jo 3.2).

II - DESCRIÇÃO DO CÉU SEGUNDO O LIVRO DO APOCALIPSE

Os capítulos 21 e 22 do Apocalipse, o livro da Revelação, evidenciam o que João pensava sobre diversos assuntos escatológicos, mas em especial sobre o Céu.

Pelas palavras de João, o Céu é descrito como o lugar em que Deus e o Cordeiro habitam, e que todos os seres angelicais o adoram .  O Céu que João descreve como morada de Deus é santo, belo, perfeito e eterno, é um lugar marcado pela adoração.  É nesse Céu que os crentes que se mantiverem fiéis a Cristo neste mundo irão morar, passando a ter uma comunhão plena e eterna com Deus.

1 - O novo Céu e a nova terra

Depois da abertura dos sete selos, conforme Apocalipse 6, em que predominaram a desordem, a tribulação e o juízo, o quadro revelado na sequência é o de um novo estado eterno. O apóstolo João diz que o primeiro céu e a primeira passaram, o mar não existe mais; esse céu (também ouranós) é o espaço astronômico, não se trata da habitação eterna de Deus.  Então, o apóstolo contempla um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1).  Isaías profetizou a criação de novos céus e nova terra (Is 65.17); o apóstolo Pedro confirmou essa esperança (2 Pe 3.13).  Esse lugar é o destino do cristão, um novo lar completamente redimido, sem qualquer semelhança com o mundo antigo, pois "eis que faço novas todas as coisas" (Ap 21.5).

O cristão deve ser consciente de que o novo céu e a nova terra são uma promessa bíblica, não se trata de utopia, não é algo simbólico apenas para expressar um tipo de esperança e vida eterna com Deus, mas será, na verdade, o surgimento de uma nova ordem, um estado futuro literal, pois é isso que gera ainda mais no nosso coração a esperança da vida futura e o desejo de continuarmos firmes, constantes e abundantes no trabalho do Senhor até que tudo isso se concretize (! Co 15.58).

2 - A linda cidade como nossa nova morada

No livro do Apocalipse se faz menção à Nova Jerusalém, e o interessante é que ela desce do Céu, é vista como uma cidade santa, a qual é descrita como a habitação do povo de Deus.

Por meio de passagens do Novo Testamento, a Nova Jerusalém pode ser descrita como a morada de Deus, a pátria dos salvos, lugar em que os santos habitarão (Hb 12.23; Gl 4.26; Fp 3.20).  Assim, cremos e afirmamos que essa linda cidade será um lugar em que Deus e o Cordeiro são o seu templo; a glória de Deus a iluminará, e o Cordeiro será a sua lâmpada (Ap 21.22,23). Na Nova Jerusalém não haverá dor, tristeza ou sofrimento (Ap 21.4).  Além disso, depois da ressurreição (Ap 20.4), e quando todas as coisas foram consumadas, essa Jerusalém Celestial descerá do céu e ficará para sempre na nova terra.  O apóstolo João descreve a Nova Jerusalém Celestial como o lugar de redimidos que habitam a gloriosa cidade.  Portanto, para nós, a visão descrita em Apocalipse 21 refere-se ao Céu como a eternidade, a Nova Jerusalém como a Nova Cidade, o nosso novo lar criado sem pecado, onde a bem-aventurança eterna será desfrutada pelos santos para todo o sempre.

Essa promessa gera cada vez mais esperança em nossos corações. Portanto, vivamos em santidade e obediência para entrarmos nessa cidade santa pelas portas.

III - CÉU:  O FIM DA JORNADA CRISTÃ

O cristão vive sua vida neste mundo caminhando para uma meta final: estar para sempre na presença do Senhor e viver em comunhão plena com Ele.  O salvo em Cristo tem uma meta, um objetivo, não se restringe apenas as coisas terrenais.  Quando aceitou a Jesus como Salvador já se deu o início da jornada para o Céu.  Ciente de que seus pecados já foram perdoados, o cristão seguirá seu itinerário tendo o Senhor na sua vida e uma esperança futura.

Vivendo a jornada da fé cristã, o salvo precisa ser perseverante - ainda que surjam situações desafiadoras, adversas, perseguições e lutas, vencer tudo é uma prerrogativa divina (Jo 16.33)-, pois tem ao seu dispor o poder e a graça divina para auxiliá-lo nessa caminhada  até chegar ao Céu. 

A nossa jornada cristã pode e findar de duas maneiras: a primeira com a morte de um crente salvo (Ap 14.13), pois ainda estamos sujeitos, e a segunda maneira é com o arrebatamento que poderá acontecer a qualquer momento (1 Co 15.32; 1 Ts 4.17).

1 - Estaremos onde Deus está

Em Apocalipse 21, há uma concretização da jornada cristã em que o crente estará onde Deus habita, conforme o nosso Senhor disse que viria e nos levaria para estarmos com o Pai (Jo 14.3).  Nesse lugar, habitaremos com Deus  em seu tabernáculo, pois nós seremos o seu povo  e Ele o nosso Deus (Ap 21.3).  Tudo isso se tornará realidade no futuro, quando nossa união se dará sem impedimento, cumprindo toda a expectativa tanto do Antigo quanto do Novo Testamento (Lv 26.11-12; Ez 4.3-7; 2 Co 6.16; Ap 7.15).

Viveremos onde Cristo vive desfrutando do seu amor, de sua glória, poder e santidade. Vivemos nossa jornada neste mundo com o coração no Céu. pois lá é que está o nosso tesouro (Lc 12.34).

2 - As lágrimas cessarão

Uma das mais gloriosas bençãos que desfrutaremos no Céu é a de que Deus enxugará de nossos olhos todas as lágrimas (Ap 21.4), na verdade está se referindo ás lágrimas que foram geradas por causa das tristezas humanas, resultado de grandes misérias, tragédias e males que não terão lugar nessa nova realidade de vida, pois todas as primeiras coisas são passadas (1 Co 15.26,54; Is 61.3; 65.39).

Tudo isso será possível porque haverá também uma transformação no mundo físico, de modo que ele será inteiramente transformado e liberto da corrupção, como Paulo esclareceu a respeito da redenção do mundo material (Rm 8.21).

Ainda que enfrentamos lutas e batalhas nesta vida, a promessa que tudo vai mudar para melhor é revigorante e um conforto para nossa alma, razão pela qual Paulo diz que as tribulações do tempo presente não podem ser comparadas com a glória que será revelada (Rm 8.16).

3 - O Céu como repouso eterno

O Céu é o lugar de descanso do crente.  Nele não existirá mais pranto, lutas, dores, sofrimentos, morte e lá viveremos em plena felicidade, não mais sujeitos às lutas desta vida.

A expressão "repouso" nada tem a ver com tédio, pois no Céu haverá constantes atividades: adoração (Ap 19.1-8); serviço (Ap 22.3); ilimitada aprendizagem (1 Co 13.12).  Trata-se de uma dimensão completamente distinta do que conhecemos atualmente.  Por isso, quando afirmamos que o Céu será um lugar de repouso ou de descanso é pelo fato de que o crente descansará de suas fatigas, cansaço e exaustão presentes hoje (Ap 14.13); estaremos plenamente satisfeitos em comunhão uns com os outros e com o Nosso Senhor (Mt 8.11; Ap 19.9).  Esse lugar de repouso é o fim de nossa jornada cristã, é a experimentação da morada dos redimidos.  Portanto, toda nossa vida cristã atual deve ser vivida com a mente voltada para a realidade eterna do Céu, como verdadeira esperança (Cl 3.2).

Devemos viver o nosso dia como se "Cristo voltasse amanhã", e desfrutar ainda em vida, parte da glória do Senhor em nosso ser.

Não há mensagem mais consoladora para o crente do que a do Céu, pois é uma promessa divina.  Ainda que vivamos os dissabores deste mundo vil, logo estaremos no Novo Céu e nova terra, e veremos o Senhor face a face (Ap 22.4), e estaremos eternamente com Ele.

CONCLUSÃO

Para se viver a esperança celestial é preciso nascer de novo, viver em Cristo e transformar a mente.  É preciso ter uma nova natureza (Jo 3.12).  Sem isso, é impossível crer nas coisas espirituais, pois estas só podem ser discernidas espiritualmente (1 Co 2.14).  Portanto, prossigamos a nossa jornada para o Céu de glória, o alvo de todo salvo em Cristo, conforme as regras divinas estabelecidas na Palavra de Deus (1 Co 9.24; 2 Tm 4.8).

Ainda que enfrentemos lutas e dissabores nesta vida, há uma mensagem profética para nós, a qual gera esperança e consolo em nossos corações/:  que brevemente estaremos para sempre com o Senhor nas mansões celestiais, onde não haverá mais dor, morte, lutas, tribulações, pois todas as coisas serão novas: novo Céu e nova terra.  Nesse lugar como bem destaca Pedro, habita a paz e a justiça (2 Pe 3.13). Anelamos viver no Céu porque é real e é lá que Deus está.

E para alcançarmos essa promessa a nossa fé deve estar cada dia mais alicerçada na Palavra de Deus, precisamos andar na luz e fazer a obra do Senhor enquanto é dia sempre em obediência a Deus, certos de que um poucochinho de tempo, o que há de vir virá e não tardará (Hb 10.37).

Fonte:  Bíblia Sagrada

Lições Bíblicas - Adultos - 2º Trimestre 2024 - CPAD

Osiel Gomes - A Carreira que nos está proposta - 1ª edição - CPAD 2024 - Rio de Janeiro



sábado, 30 de março de 2024

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2º TRIMESTRE 2024 - LIÇÃO 2 - ADULTOS


 


A ESCOLHA ENTRE A PORTA ESTREITA E A PORTA LARGA

1 - A porta estreita

O assunto envolvendo a porta estreita, à luz de Mateus 7.13,14, faz parte do Sermão do Monte.  A compreensão desse tema nos remete aos princípios que foram vaticinados por Jesus Cristo aos seus seguidores para terem um viver espiritual e ético nos padrões do Deus Eterno.

Nosso divino Mestre, Jesus, por meio do ensinamento da porta estreita e do caminho apertado, não é vago, mas, sim, direto, evidenciando que o seguimento para uma vida de fé requer sacrifício, compromisso (Lc 1.75).

Assim, o chamado para viver a jornada com Cristo para o Céu envolve a ação de renunciar a si mesmo, os prazeres mundanos, como o tomar a cruz, que é o estar pronto a viver pelo nome de Deus e fé até enfrentar a morte, o que requer dedicação e renúncia 

A Palavra de Deus ressalta que se esperarmos em Cristo somente nesta vida somos os mais miseráveis de todos os homens (1Cor 15.19).  A esperança do salvo não pode estar neste mundo, pois ele passa e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre (1 Jo 2.17).

Nosso Senhor salientou que muitos procurariam entrar pela "porta estreita", mas não conseguiriam em razão de não abdicarem das concupiscências deste mundo (Lc 13.24).

Devemos levar em consideração que a porta aqui representa as escolhas do ser humano, porém, pode-se falar da porta como entrada para o caminho, que simbolicamente expressa o início de uma experiência do homem com Cristo Jesus, razão pelo qual os cristãos primitivos foram chamados de "Caminho" (At 9.2; 19.9,23; 22.4; 24.14-22).

Os que desejam entrar pela porta estreita precisam nascer de novo, pois irão se despir do velho eu (Gl 2.20), estando prontos para viver uma vida em total e plena obediência aos ensinos de Cristo Jesus, especialmente em poder praticar a justiça e o amor ao próximo, exercendo a misericórdia e a humildade.  A máxima da lei, como bem pontuado por Cristo, está apoiada primeiramente no amor verdadeiro para com Deus, em segundo lugar, no amor ao próximo (Mt 22.37-40).

2 - O caminho apertado

Quando falamos de caminho apertado, apontamos para a conduta, a maneira de viver que evidencia salvação ou perdição.

O caminho é apertado porque não tem facilidade, os que realmente desejam a vida eterna com Deus têm que manter a perseverança, verdade, santidade,disciplina, dedicação, para com os tais que assim vivem, o Senhor jamais os abandonará, mas estará com cada um até o momento final (Mt 28.20).

Assim, o caminho apertado é o que leva a praticar os ensinamentos de Jesus de modo bem concreto:  amar os inimigos, não praticar a hipocrisia, acumular tesouros no céu dentre outros princípios celestiais ensinados no Sermão do Monte (Mt 5.39,48).

3 - Porta larga e caminho espaçoso

Falando de porta larga e caminho espaçoso, falamos de uma vida sem compromisso com Cristo, segundo o padrão do Mundo.

Na entrada que leva à perdição, porta larga e caminho espaçoso, os transeuntes vivem de modo orgulhoso, na arrogância, se acham maiores do que todos, não há qualquer sentimento de humildade, o que era algo prioritário no ensino de Jesus (Mt 11.29). Os que adotam a vida que leva à perdição não possuem qualquer reverência à Palavra, oração, fé, perdão, uma comunhão com Deus.  Os que desejam viver na jornada que conduz ao Céu de glória jamais devem pensar em entrar pela porta larga e pelo caminho espaçoso, pois seus valores são contrários ao querer de Deus.

O servo do Senhor deve atentar para o conselho do salmista, de não andar segundo o conselho dos ímpios, não se deter nos seus caminhos, nem se assentar na roda dos escarnecedores (Sl 1. 1,16).

POR QUE ENTRAR PELA PORTA ESTREITA É DIFÍCIL ?

1 - Uma porta aberta, porém difícil

A porta para a entrada na pátria celestial está aberta.  Porém, há muitos impedimentos para que a alma humana a atravesse: o egoísmo, o ego inflado, a idolatria, dentre outros.

Os que entram pela porta estreita, além de fazer uma renúncia própria, terão que enfrentar oposições oriundas do lado de fora, as quais combaterão fortemente para levar o seguidor de Cristo a negar a fé.  Essa oposição vem do mundo dominado por Satanás (2 Cor 4.4), isso pelo fato de não se coadunarem com os ensinos da Bíblia.

O apóstolo Paulo descreve muito bem como é a sociedade separada de Deus (Rm 1.18-32).

Um cristão que diz que diz que não se envolverá em assuntos que a sociedade tem como normais e que a Bíblia é contra mostra que não tem em sua vida o real evangelho, pois quem vive o evangelho de Cristo jamais compartilhará ou se conformará com este século (Rm 12.2).

Ao se falar da porta larga e do caminho espaçoso, Jesus disse:  "..... muitos são os que entram por ela" (Mt 7.13).

Nosso Senhor ensinou que para tomar o caminho do céu é preciso negar a si mesmo, deixar morrer o que somos para viver a vida com Ele a fim de que resulte uma glória progressiva e indizível (Mt 16.24; Rm 6.6; Gl 5.24).

2 - As oportunidades da porta larga são atraentes

As oportunidades da porta larga são atraentes, pois oferece uma jornada de prazeres, deleites e libertinagens.  Os que andam por este caminho são dominados pelas ilusões da vida, enredando-se numa sedutora fantasia. É um caminho de apego prazeroso ao mundo e de desprezo a Deus (1 Jo 2.15,16). Não terão direito de entrar no céu todos os que amam o mundo (1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21). Por isso o cristão sabe que "o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (1 Jo 2.17).

Jesus falou que é bem verdade que a porta larga e o caminho espaçoso levam uma multidão maior, porém, deixou claro que o destino final é a perdição.  Na verdade, todos quantos passam a entrar pela porta larga e trilhar o caminho espaçoso têm um destino triste, horrível, pois caminham para a perdição eterna (Dn 12.2; Mt 3.12; 18.8; 25.41,46; Mc 9.43; Lc 3.17; 2 Ts 1.9; Jd 6.7; Ap 14.9-11; 19.3; 20.10).

3 - As razões das exigências

Porque a porta estreita e o caminho apertado tem muitas exigências, e isso requer uma transformação interior, uma decisão pessoal e uma disposição em seguir na contramão da maioria.

Quem deseja seguir a Jesus Cristo precisa alinhar sua vida aos seus ensinos e exigências.  Crer nEle envolve voltar-se plenamente para a Palavra, sem opiniões próprias, conjecturas, achismo (Jo 7.38).  Seja para o mais humilde homem, seja para o mais culto, Cristo só se apresenta como o Salvador.  Foi assim que disse para o letrado e culto Paulo:  "Eu sou Jesus" (At 9.5).  Como bem para Pedro, "em nenhum outro há salvação" (At 4.12).

Só começa a trilhar pelo caminho da porta estreita quem se reconhece em Cristo como um pecador (2 Co 12.9) e com disposição de viver uma vida dirigida por Ele como um novo começo (2 Co 5.17), e andar como Ele andou (1 Jo 2.6).  Então estaremos prontos para criar raízes e enfrentar os obstáculos de nossa jornada cristã (Lc 8.13,14).

ENTRANDO PELA PORTA E PELO CAMINHO  DO CÉU

1 - Arrependimentos de pecados

Arrepender-se dos pecados é a primeira atitude a ser tomada, abandonar totalmente o pecado e voltar-se para Deus.  Esse foi o primeiro tema da mensagem do Divino Mestre, Jesus (Mt 4.17).

Lamentavelmente esse tema já não se faz presente nas mensagens de muitos pregadores da atualidade, pois estes estão priorizando a exaltação pessoal, ou preferem falar aquilo que os outros desejam ouvir.

O arrependimento é descrito biblicamente como aquela atitude verdadeiramente sincera em reconhecer que é um pecador e necessitar de um Salvador.

Por essa razão, é importante ponderar que o arrependimento bíblico não é uma questão meramente emocional, mas uma disposição para mudar de ideia e um exercício que envolve o aspecto mental e moral do pecador.

Arrepender-se implica a pessoa reconhecer seus próprios pecados e falhas diante de Deus e ser consciente de que depende dEle para salvação (1 Jo 1.9).  Quando acontece o arrependimento na vida de uma pessoa, prontamente ela está manifestando a busca por uma vida transformada e restaurada para viver em comunhão com o Pai (1 Co 1.9).

O arrependimento não é um remorso, pois ele leva a pessoa a uma reflexão de seus pecados, consciente de que precisa abandoná-los, mudar de vida e compreender que só Jesus é quem pode perdoar os pecados cometidos (Mt 9.6; 1 Jo 1.9).

2 - Confissão de pecados

Biblicamente, o verbo confessar quer dizer declarar o que se crê ou sabe.  A pessoa confessa os seus pecados (Sl 32.5) e afirma que crê no Deus Poderoso e Salvador (Rm 10.9,10). O ato de confessar os pecados faz parte do processo envolvendo o arrependimento.

É preciso entender o quanto a confissão de pecados é maravilhosa.  Por meio dela pode acontecer a cura como também a liberdade, como é bem pontuado por Salomão:  "o que confessa e deixa alcançara misericórdia" (Pv 28.13).

Não podemos jamais considerar o ato de confissão como mera religiosidade, um rito; isso resultará em uma prática vazia.

Na Palavra de Deus lemos que as pessoas que iam até João Batista confessavam os seus pecados para serem batizados.  Em Israel, a confissão era nacional e se dava em dia especial como no dia da Expiação (Nm 5.7).  Por meio do modelo de vida de João Batista, a confissão de pecados passou a fazer parte da tradição cristã.

3 - Produzindo frutos de arrependimento

Para João Batista, o batismo e a confissão somente não seriam as provas verdadeiras da mudança de vida.  Era preciso apresentar frutos na vida como a marca de um arrependimento sincero.

Em Lucas, podemos contemplar frutos concretos que João Batista esperava de quem se arrependesse:  honestidade, misericórdia, respeito às autoridades, dentre outros (Lc 3.11-14).

Os que possuem frutos dignos de arrependimento brilham em meio às trevas (Mt 5. 14-16), dando um testemunho verdadeiro (Fp 2.15), influenciando outros por meio de seu viver exemplar e santo, pois tal procedimento revela um viver que se harmonia com os ensinos do amado Mestre, Jesus.

Em Lucas 19.8, podemos observar que Zaqueu, que era chefe dos publicanos e era rico, quando foi salvo por Jesus, não só se arrependeu como também produziu fruto de arrependimento.

CONCLUSÃO

No momento que inicia sua jornada com Cristo, o cristão deve ter a consciência de que escolheu o caminho estreito e a porta apertada para trilhar o caminho do céu.

A mensagem da porta estreita e do caminho espaçoso, expressa duas lições:  na primeira,  requer-se um verdadeiro sacrifício, renúncia para viver a vida que Jesus deseja que cada um de nós vivamos, pois não é fácil seguir a Cristo (Mt 16.24), porém é esse o caminho que conduz a vida; na segunda expressão, o que se tem é uma facilidade total, porta larga e caminho espaçoso, uma vez que não segue os ensinos de Cristo, porém o final dele é a morte eterna.

Procuremos viver a vida cristã de acordo com a vontade de Deus expressa na sua Palavra, manifestando um verdadeiro arrependimento, confessando nossos pecados e produzindo frutos dignos.


Fonte :  Bíblia Sagrada

Lições Bíblicas - Adultos - 2º Trimestre 2024 - CPAD

Revista Ensinador Cristão - Ano 25 - Nº 97 - cpad.com.br

Osiel Gomes - A Carreira que nos está proposta - 1ª edição - CPAD 2024 - Rio de Janeiro

quarta-feira, 27 de março de 2024

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2º TRIMESTRE 2024 - LIÇÃO 1 - ADULTOS



 O INÍCIO DA CAMINHADA

i - A caminhada com Cristo

1 - Compreendendo os dois caminhos

Logo nos primeiros capítulos de Gênesis, nos deparamos com a criação do homem, que foi algo totalmente protegido por Deus (Gn 1.26). A princípio Deus criou todas as coisas, o que era bom, mas sem a presença do homem a criação estava incompleta (Gn 1.31). É importante compreender que esse homem não surge por um acidente ou uma ideia vaga, mas é resultado do conselho divino, bem projetado.
Na criação do homem, pelo relato divino, descarta-se qualquer ideia de evolução., não dando espaço para o homem pré-humano, conforme os livros seculares ensinam, relacionando seu surgimento através de um animal. O homem foi criado por meio do poder de Deus de modo muito especial (Gn 2.7), dispensando a ideia de que o primeiro homem foi criadode uma forma pré-orgânica.  O homem foi feito de modo especial, não está no mesmo nível do animal irracional. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26).

2 - Os três companheiros da nossa caminhada

O começo da nossa jornada com Cristo, a salvação, tem a participação conjunta da Trindade.  É necessário uma fé firme no Deus trino e uno, no que envolve nosso relacionamento pessoal com os membros da Trindade.  No que tange ao papel que cada membro desenvolve em prol da nossa salvação, todos os temas da reconciliação, expiação, redenção, justificação e propiciação dependem da cooperação distinta do Deus uno e trino (Ef 1.3-14).
Portanto, compreendemos a doutrina da Trindade como uma realidade bíblica que descreve o relacionamento do Pai com o Filho e com o Espírito Santo.  Essa verdade está revelada na Palavra, dela jamais podemos fugir, não se trata de uma invenção humana nem de algo abstrato.  Nunca podemos nos voltar para a doutrina da Trindade como uma formulação de homens da Igreja, pelo contrário, esse ensino está revelado na Palavra, tanto no Antigo como no Novo Testamento.

A CAMINHADA CRISTÃ

A caminhada cristã inicia com o novo nascimento, obra efetuada pelo Espírito Santo mediante ao sacrifício de Jesus Cristo no Calvário. A conclusão dessa obra se dará por ocasião glorificação final dos salvos, ou seja, a ocasião em que receberemos um corpo glorioso, semelhante ao do Senhor Jesus quando apareceu aos discípulos após ressurreto.

Nessa jornada, o crente depara-se com muitos obstáculos que desafiam a sua fé e o tentam fazer desistir da esperança vindoura.  

Voltando ao conceito novo nascimento, à luz do que Nosso Senhor explicou ao mestre da Lei, Nicodemos (Jo 3.38). O novo nascimento contrasta com o nascimento natural, bem como das expectativas e inclinações ao pecado. A nova natureza é espiritual, regenerada e resultado da ação divina o interior do ser humano com o fim de que este possa desfrutar do relacionamento com Deus. Esse processo ocorre milagrosamente mediante a fé em Cristo à medida que o crente se dedica com temor a praticar os ensinamentos da Palavra de Deus.

 Stanley M. Horton em sua obra Teologia Sistemática: uma perspectiva Pentecostal (CPAD), elucida que "a regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior.

O Novo Testamento apresenta a figura do ser criado de novo(2Co 5.17) e da renovação (Tt 3.5), porém o mais comum é a de nascer (gr. gennaõ, `gerar`ou `dar a luz`).  Jesus disse:  "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus" (Jo 3.3).  Pedro declara que Deus em sua grande misericórdia `nos gerou de  novo para uma viva espernça`(1Pedro 1.3).  É uma obra que somente Deus realiza.  Nascer de novo diz respeito a uma transformação radical. Mas ainda é necessário(mister) um processo de amadurecimento.  A regeneração é o início do nosso crescimento no conhecimento de  Deus. Através dessa experiência temos o nosso caráter moldado por Cristo, através da ação regeneradora do Espírito Santo..  Assim sendo o maior desafio dos crentes é nutrir a nova natureza espiritual regenerada e não perder a esperança do porvir. Através de uma vida diária de vigilância, oração, meditação na Palavra de Deus que é o alimento de todo cristão, pois é através da Palavra que todo cristão conhece a Deus e a sua vontade, como diz o Salmo 119:11, "Escondi (guardei) a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti" e ainda as palavra de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo no Evangelho segundo Mateus: "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus" (Mt 4.4b).


Fonte : Bíblia Sagrada

 Lições Bíblicas - Adultos - 2º trimestre 2024 - CPAD

Revista Ensinador Cristão - Ano 25 - Nº 97 - cpad.com.br

Osiel Gomes - A Carreira que nos está proposta -1ª edição - CPAD 2024 - Rio de Janeiro

segunda-feira, 25 de março de 2024

FORTALECEI-VOS NO SENHOR


No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder Ef 6.10.

O apóstolo Paulo nos versículos anteriores dá várias recomendações a igreja de Éfeso em relação a obediência dos filhos aos pais, para os pais não provocarem a ira dos filhos, obediência dos servos aos seus senhores, e nos adverte que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer e no versículo 10 nos orienta a nos fortalecer no Senhor.

Somente no Senhor podemos buscar forças, revestimento para nossa vida, refúgio e fortaleza.

No evangelho segundo João 6.68, Pedro respondeu a Jesus: Senhor, para quem iremos nós ?  Tu tens a palavra de vida.

Não há outro caminho pelo qual teremos força e firmeza para caminhar.

Jesus disse no evangelho segundo João 14.6: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.

Sendo Ele o caminho, somente Ele nos direciona para um verdadeiro fortalecimento, uma verdadeira vida agradável ao Pai.

Fortalecer naquele que tudo pode, em Deus que por meio de seu Filho Jesus Cristo nos resgatou, que no tirou das trevas para sua maravilhosa luz.

Ainda que estejamos em situações difíceis, podemos nos fortalecer no Senhor, pois Ele é o nosso Criador, Ele que nos fez e tem prazer em nos ajudar.

Ainda que estejamos fracos, quando voltamos os nossos olhos para o Senhor, confiamos em Jesus o nosso guia, o autor da nossa fé, as nossas forças são revigoradas pois Ele é a nossa torre forte, é o nosso refúgio em tempo de angústia e está conosco em todo tempo.

Nos tempos de bonança Ele está conosco, nos tempos de dificuldades  Ele está conosco, Ele é o nosso Pastor que nunca nos falta.

Busquemos em Deus força e proteção, porque Ele é Todo Poderoso e Jesus disse após sua ressurreição em Mateus 28.18b: É me dado todo poder no céu e na terra.

Glorifiquemos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, o Deus Eterno que nos fortalece, ainda que não somos merecedores, mas quando buscamos refúgio e proteção nele, pronto está para nos ajudar.

Toda adoração, honra, glória e louvor rendamos à Ele que com mão forte nos resgatou das trevas e hoje podemos desfrutar das bençãos que Ele tem preparado para cada pessoa que nele crê, pessoas que um dia se arrependeram de seus pecados e aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e perseveram em obedecer a sua Palavra.


Fonte :  Texto redigido por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia - baseado na Palavra de Deus




 

domingo, 24 de março de 2024

ASSEMBLEIA DE DEUS - IPIRANGA


Sobre o Ministério no Ipiranga


A CHAMA ALCANÇA O ESTADO DE SÃO PAULO
Após a marcante fundação das Assembléias de Deus no Brasil (Ver História da Igreja - Assembléia de Deus), em Belém do Pará, no dia 18 de junho de 1911, seu avanço continua, por todo o Brasil. Durante a década seguinte, a Assembléia de Deus alcançaria o Estado do Amazonas, Rondônia, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba entre outros.
Mas foi em 1924 que fogo pentecostal alcança o Estado de São Paulo, mais precisamente, em cinco de maio de 1924. Seus iniciadores não foram nem missionários nem pastores. Alguns crentes que tinham se transferido de Recife para Santos haviam trazido nos corações o testemunho vivo da Palavra de Deus. A primeira preocupação desses servos de Deus foi anunciar a mensagem do Evangelho. Entre os primeiros crentes que chegaram a Santos estavam Vicente Limeira, Hermínia Limeira, Francisco Corrêa e Otávio Corrêa.
O pequeno grupo de crentes não tinha pastor. Eles se reuniam, cantavam, oravam, testificavam e pediam ao Senhor que lhes enviasse um pastor. Deus ouviu suas orações. O missionário Daniel Berg, um dos fundadores da igreja, por orientação divina ingressou no Estado de São Paulo como todo vigor do Espírito Santo.

Praça Mauá, 1929 - Santos SP
Praça Mauá, 1929 - Santos SP
Podemos dizer que a cidade de Santos teve o privilégio de ser uma das primeiras do Estado de São Paulo a receber a mensagem pentecostal. Para sermos mais exatos, foi em Santos que se estabeleceu a primeira Assembléia de Deus no Estado de São Paulo.
Só depois de dezesseis longos anos em que a mensagem pentecostal havia chegado ao Brasil, e quatro que havia chegado a Santos, São Paulo foi alcançada pelas chamas que já se haviam alastrado inclusive pelos Estados do Sul. Em 15 de novembro de 1927 chegava à cidade de São Paulo o missionário Daniel Berg e esposa, com o objetivo de anunciar as Boas Novas na metrópole paulista, como já havia feito em outras cidades e Estados.
Ao chegar à grande cidade industrial, Daniel Berg não conhecia ninguém, nem trazia o endereço de qualquer pessoa. Estava tão somente escudado e confiante na direção divina. Os primeiros cultos realizados pelo casal de missionários foram assistidos somente por duas ou três pessoas. O pequeno grupo se reunia na pequena sala da sua vasa, na Vila Carrão, para cantar, tocar algum instrumento e orar.

O TRABALHO É INICIADO NO IPIRANGA 
Acompanhando o ritmo progressivo da cidade, a igreja florescia e multiplicava seus trabalhos. O avanço da Assembléia de Deus era constante, na direção de todos os bairros da cidade. Portas e mais portas se abriam para que se estabelecessem novos trabalhos.
No mês de outubro de 1930, o missionário Daniel Berg prosseguiu sua jornada para alcançar outros locais para Cristo, deixando em seu lugar o missionário Samuel Nyström. Este servo de Deus, dando seguimento à obra iniciada, percebeu a necessidade de um trabalho no bairro do Ipiranga. Enviou, então, o Evangelista Vitalino Piro para dirigir cultos nos jardins do atual Parque da Independência.

Monumento do Ipiranga, 1956 -Ipiranga SP
Monumento do Ipiranga, 1956 -Ipiranga SP
A partir do mês de abril de 1931 foram intensificados os trabalhos de evangelismo no parque, pois estava claro que o campo era promissor. Numa quinta-feira de junho de 1931, em mais um culto no Monumento do Ipiranga, converteu-se aos caminhos do Senhor uma senhora chamada Josefina, a qual gentilmente cedeu sua residência para a realização dos cultos, na Rua Arciprestes Ezequias, nº 7, Vila São José, já que até o momento os cultos eram realizados ao ar livre, em frente ao Museu do Ipiranga.
Para oficializar a fundação da futura progressista e grandiosa Assembléia de Deus no Ipiranga, Vitalino Piro marca um batismo nas águas, na tarde do dia 29 de junho de 1931, numa segunda-feira fria de feriado na cidade de São Paulo. O local do batismo foi o Riacho do Ipiranga, exatamente no ponto de cruzamento entre a Rua Dr. Mário Vicente e a Av. Ricardo Jafet.
O evento emocionou a todos os presentes, pois, na ocasião, a irmã Carmem Triston já contava com 70 anos de idade e sofria de bronquite asmática. Seu filho Francisco, preocupado, havia insistido para que a mãe não arriscasse a própria vida, entrando naquele riacho gelado. Porém, quando a irmã Carmen ressurgiu das águas, estava radicalmente curada, e pulando como uma criança, para o espanto de todos. Este foi o primeiro milagre constatado na Assembléia de Deus no Ipiranga.

A CHEGADA DO PASTOR PRESIDENTE
Após uma fase difícil concernente à administração, em 26 de julho de 1943, a igreja contou com a cooperação provisória e interina do pastor Bruno Skolimowski, sendo este membro da igreja no Belém. Sabiamente, o Pastor Bruno apresenta o Pastor Alfredo Reikdal para dirigir aquele trabalho, outorgando-lhe amplos poderes administrativos.
pr bruno skolimowskiDevemos pausar agora a narrativa da história, para destacar o relacionamento do pastor Alfredo Reikdal com o pastor Bruno Skolimowski, já que este indicara aquele a um cargo deextrema importância que revolucionaria o Ministério no Ipiranga.
Chegando em Curitiba, PR, em 19 de outubro de 1928, o pastor Bruno Skolimowski e família foram morar no Campo da Galícia, próximo à igreja Ortodoxa Russa. Dirigindo cultos na casa de um lituano, no bairro Bigorrilho, onde se reuniam poloneses, russos, ucranianos e lituanos, o pastor Bruno fundou a Assembléia de Deus no Estado do Paraná, em outubro de 1929.
Em um dos cultos, o pastor Alfredo, que na época estava com 13 anos de idade, se converteu ao Senhor, sendo que o pregador da noite era justamente o pastor Bruno de modo que este, posteriormente, realizou seu batismo.
Em setembro de 1939, apenas dez anos após sua conversão, o irmão Alfredo é consagrado e separado para o ministério, sob a imposição das mãos de Bruno Skolimowski e Carlos Mazza. Aliás, foi o primeiro pastor separado pela Assembléia de Deus do Estado do Paraná.

POSSE DEFINITIVA
Bruno Skolimowski havia então apresentado o jovem pastor para assumir, provisoriamente a igreja no Ipiranga até que fossem normalizada a situação adversa. Porém, as coisas tomaram outros rumos, pois no dia 31 de janeiro de 1944, sob a presidência de Carlos Leonardo Areno, a igreja se reuniu em Assembléia Geral Ordinária, e, por aclamação unânime, recebeu o pastor Alfredo Reikdal por presidente, definitivo, devido à EXCELÊNCIA de seu trabalho.
Assim, a Igreja Assembléia de Deus, Ministério no Ipiranga, sob sua nova presidência, a cada dia crescia rumo ao desenvolvimento permanente. Ao longo dos anos, novas congregações eram iniciadas, e o poder de Deus era visível em sua administração.
Natural de São José dos Pinhais (PR), Reikdal, já na adolescência, pregrava o evangelho nas ruas e praças de Curitiba, residências e penitenciária. Em 1941 veio para São Paulo e dois anos depois assumia a direção da igreja no Ipiranga, cuja sede provisória era um imóvel na rua Bento Vieira, 53. Na época a igreja já tinha três congregações (Jabaquara, Itatiba e Amador Bueno) e um total de 171 membros. Em razão das dificuldades financeiras, o pastor, que residia na Mooca, vinha a pé ao Ipiranga e Jabaquara, passando pela Vila Prudente.
As primeiras pessoas batizadas foram Josefina e Joaquim Fernandes e Carmem Luiz Ruiz Criston. A cerimônia seguiu um rito semelhante ao batismo de Jesus no rio Jordão, só que no caso de Joaquim e Carmem foram batizados nas águas límpidas e cristalinas do Riacho Ipiranga, na esquina com a rua Mário Vicente.
Em 20 de março de 1955, às 15h00, foi realizada a solenidade de lançamento da pedra fundamental do Templo Sede, com a participação de mais de duas mil pessoas, as quais desfilaram pelas ruas com bandas musicais e faixas. O pastor Alfredo se recorda que iniciou a obra com 50 cruzeiros. Um ano depois estava pronto um salão que serviu de local para os trabalhos religiosos. Naquele tempo surgiram problemas, inclusive com a prefeitura embargando a obra da igreja que hoje faz parte do patrimônio histórico de São Paulo é bastante freqüentada por estudantes de arquitetura e autoridades ligadas à cultura artística. Após longos e árduos anos de construção, a inauguração definitiva do templo se deu às 10:30h do dia 19 de dezembro de 1984, em cerimônia presidida pelo próprio pastor Alfredo, com a presença de autoridades civis, militares e religiosas, dentre os quais podemos destacar José Wellngton Bezerra da Costa, presidente da CGADB.
Após 67 anos pastoreando o rebanho do Senhor, parte para a glória em 23 de março de 2010 o Pastor Alfredo Reikdal que foi o presidente vitalício da Igreja Evangélica Assembléia de Deus - Ministério do Ipiranga, e presidente da COMOESPO - Convenção dos Ministros Ortodoxos das Assembléias de Deus no Estado de São Paulo e Outros.
O Pastor Alfredo Reikdal também foi fundador e diretor em diversas gestões, e Presidente da COMADESPE - Convenção dos Ministros das Assembléias de Deus no Estado de São Paulo e outros, quando em 1996, solicitou desligamento da Fundação para COMOESPO - Convenção dos Ministros Ortodoxos do Estado de São Paulo e Outros, ligada ao seu próprio ministério. 
Foi realizada na sede do Ministério em 29/03/2010 uma Assembleia Geral extraordinária que tratou da vacância de Pastor Presidente na direção de nosso ministério, devido ao passamento para a eternidade do nosso querido Pastor Alfredo Reikdal. Foi indicado o Pastor Alcides Favaro que já exercia a função de Pastor Presidente em exercício, o que se viu foi uma unanimidade na indicação e confirmação, cumprindo-se a Palavra de Deus que diz que devemos ser todos de um mesmo parecer, pois o Pastor Alcides já vinha exercendo a função de Pastor Presidente em exercício por aproximadamente dez anos, e foi indicado a vice presidente pelo próprio Pastor Alfredo quando ainda gozava de boa saúde, e o que se viu foi uma confirmação da vontade de Deus, pois não houve nenhuma contrariedade entre os presentes na Assembleia, ao contrário houve uma grande manifestação da presença de Deus naquele lugar e muita alegria quando o Pastor Alcides ocupou a cadeira que estava vaga desde o adoecimento de nosso Pastor fundador que agora se encontra com o Senhor.
Fonte: Cohen, Eliézer (2006), E Deus Confirmou os Seus Passos. Biografia do pastor Alfredo Reikdal

Presidente Atual - Pr Alcídes Fávaro
Favaro, Alcides – Pastor e Presidente do Ministério da Assembléia de Deus do Ipiranga e COMOESPO – desde 29 de março de 2010. Eleito por AGE como Presidente do Ministério e COMOESPO por unanimidade dos presentes, pois vinha exercendo as presidências em exercício desde o ano de 2001.Pr Alcídes Fávaro
Nascido em 12 de dezembro de 1938, em Guararapes, Estado de São Paulo, primogênito de seis irmãos. Seus pais João Fávaro (in memorian) e Adélia Franco Fávaro, atualmente com 90 anos de idade (ambos de origem italiana), lavradores até o ano de 1954 e depois mudaram-se para São Paulo – capital, onde com toda a família entregaram-se ao Senhor Jesus Cristo na Assembléia de Deus, Ministério do Ipiranga e também foram batizados com o Espírito Santo.
Alcides com 16 anos, converteu-se a Cristo, quando pela primeira vez lia a Bíblia Sagrada com seu pai em sua casa e em ato contínuo recebeu a gloriosa promessa do batismo com o Espírito Santo. Concluiu o curso primário, ginasial, colegial e superior em Teologia, Estudos Sociais, Ciências Sociais e Economia. Seu último emprego foi na General Motors do Brasil, onde veio a aposentar-se no ano de 1991, para dedicar-se integralmente na Obra de Deus.
Em 9 de abril de 1966, casou-se com Lívia de Campos Fávaro, filha do obreiro Sebastião Firmino de Campos, também do Ministério do Ipiranga. Desta união nasceram três filhos: Priscila, Evandro e Henrique.
Em 1960, reabriu a congregação de Vila Simões servindo ao Senhor como cooperador por 2 anos. Foi enviado para a congregação em Parque Bristol, onde atendeu por 3 anos. Em seguida, atendeu as congregações de Jabaquara, Santo Amaro, Curuça, Praça da Sé, e Vila Paulina. Voltou a dirigir pela 2ª vez as congregações de Jabaquara e Praça da Sé. Foi relator do Conselho Fiscal do Campo do Ipiranga por 23 anos. Também assumiu a Superintendência da Escola Dominical da Sede do Ministério por 1 ano. Em 1970, mês de outubro, foi consagrado ao santo ministério de pastor. Em 1991 foi enviado para dirigir o setor de Itatiba/SP, onde ficou por 6 anos. Em 2001 atendendo ao pedido do Pr. Alfredo Reikdal é eleito em AGO, como vice-presidente, preenchendo a vacância deixada pelo saudoso pastor Gumercindo Campos Leite e posteriormente como pastor presidente em exercício, em função das enfermidades do pastor Alfredo Reikdal que ficara impossibilitado para atender o campo do Ipiranga.
O Pastor Alcides Fávaro é conservador da sã doutrina e mantenedor dos bons usos e costumes, nunca aceitou inovações.
O campo Eclesiástico do Ipiranga conta com 55 setores, abrangendo os Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Tocantins e Paraná. Ultrapassamos o numero de 7.000 obreiros entre cooperadores, diáconos, presbíteros, evangelistas, pastores e missionários no Brasil e exterior. Estamos aproximando o numero de 190.000 membros e congregados. Construímos nesses 9 anos dezenas de novos templos com capacidade para acomodar de 500 a 3.000 membros, em atendimento ao crescimento da Obra de Deus. Mantemos os departamentos de Evangelização, Missões, Seminário Teológico, Assistência Social, Livraria dos Irmãos, Jurídico e Patrimônio. Também jubilamos obreiros por invalidez permanente ou por idade avançada. As viúvas de pastores também são atendidas na qualidade de pensionistas.
Fonte: www.adipiranga.org.br/diretoria.asp (Acesso em 03/10//2011)

SETAD - Seminário Teológico da Assembleia de Deus
O SETAD é uma Instituição de Educação Teológica com mais de 30 anos de existência. Fundada em 1976 pelo Pr. Alfredo Reikdal, inicialmente usava a sigla SEAD. As primeiras aulas foram ministradas pelo irmão Prof. Honório Claro Filho, na Rua Bom Pastor, no Ipiranga, em São Paulo-SP, o qual ainda já dorme com o Senhor.
O seu primeiro diretor foi o missionário Reginaldo Hoover, o segundo diretor, o Prof. Julio Sena; O atual diretor administrativo e acadêmico é o Prof. Dr. Edimar Ribeiro.
Embora fundado e filiado à COMOESPO (Convenção dos Ministros Ortodoxos das Assembléias de Deus do Estado de São Paulo e Outros), que é ligada à CGADB (Convenção Geral das Assembléias da Deus no Brasil), o SETAD tem atuação interdenominacional, servindo com excelência aos cristãos de todas a igrejas.
Fonte: https://www.setad.com.br/osetad.php (Acesso em 04/10/2011)

SEMADI - Secretaria de Missões das Assembleias de Deus Ministério do Ipiranga
O Ministério no Ipiranga com o seu Presidente Vitalício Pr. Alfredo Reikdal sempre entendeu que Missões era a Vontade de Deus. Durante muito tempo nosso patriarca levou este trabalho e o Senhor confirmou os seus passos. No mês de Outubro do ano de 2005 o Presidente em Exercício Pr. Alcides Fávaro colocou em votação durante reunião geral de obreiros o Regimento Interno de uma Secretaria de Missões. Obteve aprovação unânime.
No mesmo instante foi empossado o Pr. Arieuston Gomes Netto como Secretário Executivo de Missões do Ministério e lhe foi dada a responsabilidade de dar continuidade, juntamente com toda a Diretoria e Igreja, ao trabalho que o incansável Pr. Alfredo Reikdal iniciou.
Durante estes anos Deus acrescentou muitos obreiros a este maravilhoso trabalho. Dezenas de missionários também foram enviados. Sempre tendo os Valores como princípio norteadores, a SEMADI avançou de continente em continente e graças ao nosso Pai estamos alcançando os Confins da Terra.
O trabalho da SEMADI pode ser descrito da seguinte forma. Existe um carro para ser empurrado. Uns estão empurrando o carro para a frente, dando continuidade e fazendo a Obra prosperar. Outros estão em cima do carro, somente nos dando sobrecarga e não produzindo nada, apenas buscando seus próprios interesses. E ainda temos os que puxam o carro pra trás, querendo acabar com tudo o que Deus está realizando.
Mas apoiados no texto de Ap 7.9 cremos que a vitória é certa e que o nosso Senhor fará com que o Seu trabalho progrida, não importando as dificuldades que se nos apresentem.

Missão

Temos como Missão cumprir o IDE de Jesus em sua íntegra. Cremos que o Único Caminho que pode levar o homem a salvação é Jesus. Não há outro meio de se salvar se não for crer em Jesus com todo o seu coração, alma e entendimento. Por isso nos esforçamos para que cada pessoa na face da Terra possa ter, de forma genuína e sincera a oportunidade de conhecer esta Mensagem de Salvação.

Visão

Cremos na Unidade do Corpo de Cristo. Nossa Visão é fazer com que todos participem deste trabalho. Muitos dizem que podemos fazer missões indo, orando ou contribuindo. Não cremos que esta premissa esteja completa. Cremos que podemos fazer missões indo, orando E contribuindo. Queremos conscientizar a Igreja de sua responsabilidade e seu chamado missionário.

Valores

Trabalhamos sobre três colunas: COMPROMETIMENTO, OBEDIÊNCIA E TRANSPARÊNCIA.
Fonte: www.semadisp.com.br (Acesso em 15/10/2012)

História do projeto

Nessa seção você pode descrever a história do seu projeto e as razões que levaram à sua criação. É conveniente mencionar os marcos e as pessoas importantes que dele participam.


Leia mais: https://adipirangaemitapevi.webnode.com/historico/

segunda-feira, 18 de março de 2024


VETEROS CATÓLICOS FIDELITAS.
 “Não se distinguem os cristãos veteros católicos dos demais, nem pela região, nem pela língua, nem pelos costumes.
Não habitam cidades à parte, não empregam idioma diverso dos outros, não levam gênero de vida extraordinário...
Moram alguns em Igrejas e mosteiros conforme a sorte de cada um; seguem os costumes locais relativamente ao vestuário, à alimentação e ao restante estilo de viver, apresentando um estado de vida político admirável e sem dúvida paradoxal. Moram na própria pátria Brasil ou exterior, mas como peregrinos. Enquanto cidadãos, de tudo participam, porém tudo suportam como estrangeiros. Toda terra estranha é pátria para eles e toda pátria, terra estranha...
Para simplificar, o que a alma é no corpo são no mundo os cristãos...
Deus os colocou em tão elevado posto, que não lhes é lícito recusar." Assim são os veteros católicos. Duas grandes realidades acompanham a vida humana: o amor e o sofrimento, ambas capazes de transformar a existência. O verdadeiro amor desculpa, perdoa, tudo crê, espera tudo e suporta tudo conforme 1º Cor 13,7, o sofrimento quando aceito por amor, tudo transforma e tudo sublima dando sentido e oferecendo tudo. Sabemos que o sofrimento abrange a realidade humana e esta presente em todas as classes sociais, por que faz parte da vida de todos. As pessoas não estão divididas entre os que sofrem e os que não sofrem, todos sofrem. A diferença esta no sentido que se dá ao sofrimento.

Jesus Cristo assumiu a dor na cruz, não para nela nos preservar, mas afim de que, por meio dela, pudéssemos encontrar o caminho da salvação. Assim são os veteros católicos, sofredores, perseguidos, mas por obra do Espírito Santo a sagrada unção minora o sofrimento, porque O SOFRIMENTO lhe dá sentido de viver pelo próximo, unindo-o ao sacrifício redentor de Cristo Jesus. Não temas perseguições: Vise somente á promoção do bem estar integral, individual e social, apartir de uma visão evangélica e da missão da igreja. Seja criativo, audacioso e de inteira doação.

Procure estar sintonizado com o progresso das ciências e das técnicas, iluminando sempre com os princípios cristãos dos veteros católicos os desafios da ética e da conduta, em defesa dos diretos da pessoa humana.

Aceitar os sofrimentos não significa acomodar-se á dor.

Afinal de contas você é um vetero católico!

+Dom Paulus Nunes-SCE

Iº Patriarca Vetero Católico do Brasil

Os Sacramentos Para os Veteros Católicos Fidelitas – IAVCB-F
Definições
O catecismo católico define sacramento como um sinal exterior instituído por Cristo para produzir uma graça interna. A Igreja Vetero Católica administra os sete sacramentos e os discutiremos na ordem em que uma pessoa normalmente os receberia:   
Batismo
Batismo é um sacramento que a maioria dos católicos recebe logo após o nascimento. Aos católicos é ensinado que este sacramento lava o pecado, pelo derramamento de água sobre a cabeça do batizando e a invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É neste ponto que a pessoa recebe graça, torna-se filho de Deus, herdeiro do céu, e membro da Igreja Católica. Os católicos creem que este batismo remove o pecado original herdado de Adão e Eva e, no caso de um adulto ser batizado, remove também os pecados cometidos por esse indivíduo, nós veteros católicos batizamos por imersão, aspersão ou infusão em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e também sob condição.   
A maioria dos batismos católicos ocorre como parte de uma cerimônia formal, dirigida por um padre. Quando uma criança nasce, os pais escolhem um homem e uma mulher para serem padrinhos da criança. Essas pessoas concordam em ajudar os pais no treinamento espiritual da criança e, na eventualidade de morte dos pais, eles concordam em criar a criança como um católico fiel. Os pais também escolhem um nome de santo para a criança. Além da água derramada sobre a cabeça da criança, o padre também coloca sal na boca da criança para representar purificação e preservação. Outros atos tradicionais incluem ungir com crisma e óleo, segurando uma vela acesa, e a profissão de fé, que é dita pelos pais e padrinhos da criança.
Em certas instâncias, o sacramento do batismo é ministrado de modo diferente. Numa emergência médica, qualquer pessoa leiga pode efetuar um batismo. Também, parece que algumas paróquias conduzem a cerimônia de modo diferente. Poucos anos atrás, meu amigo decidiu tornar-se católico, e foi imerso, em vez de receber água derramada sobre sua cabeça. Nos Estados Unidos, certas regiões diferem no modo como praticam a doutrina da Igreja Católica.
Confissão
O sacramento da Confissão é também chamado Penitência. Este sacramento é como um católico recebe perdão por aqueles pecados que ele tiver cometido depois do Batismo. A confissão compreende três aspectos: ì contrição ou tristeza pelos pecados cometidos; í confissão voluntária desses pecados a um sacerdote e î Penitência que envolve certas preces ou outros atos determinados pelo sacerdote, com a intenção de fazer expiação a Deus. Ou confissão diretamente para Deus na eucaristia.   
Santa Comunhão
O sacramento da Santa Comunhão também é conhecido como Santa Eucaristia. Ensinaram-me que o sacramento da Comunhão era a parte mais significativa da celebração da Missa. Dá-se ênfase ao sacrifício que Cristo fez por sua igreja e os católicos acreditam que recebem graça quando recebem o corpo e o sangue de Jesus Cristo na aparência de pão e vinho. Transubstanciação é o termo usado para descrever a mudança do pão e do vinho no verdadeiro corpo e sangue de Cristo. Este sacramento comemora a união do povo de Deus com seu Salvador. Na maioria das paróquias, é prática comum ministrar somente o corpo de Cristo na comunhão. O sangue de Cristo é ministrado muito raramente e somente em dias santos especiais, já nos veteros católicos é feito com pão e vinho que chamamos sob duas espécies e a hóstia é colocada na boca e não na mão>   
Crisma
Aos doze anos de idade ou mais, o católico recebe o sacramento do Crisma ou Confirmação, que é ministrado usualmente por um bispo. O recipiente do sacramento escolhe um nome de santo e um fiel católico como padrinho. O bispo concede graça ao recipiente ungindo-o com crisma na testa e batendo-lhe levemente no rosto. O propósito deste sacramento é reforçar a fé da pessoa.   
Ordens Sacras
Ordens Sacras é o sacramento pelo qual padres e bispos são ordenados. Homens que frequentaram o seminário recebem o poder do sacerdócio e lhes é conferida graça que os capacita a praticar as responsabilidades de oficiar a Missa, conduzir as paróquias da Igreja Católica, e outros deveres especiais, nossa igreja não ordena mulheres, mas temos ministras e irmãs.   
Matrimônio
O sacramento do Matrimônio é dado a um homem e uma mulher quando são unidos como esposo e esposa e a graça é recebida por eles para cumprirem obedientemente as responsabilidades que esta nova relação cria. Na maioria dos casos um padre oficia a cerimônia de casamento, contudo, com permissão especial, um católico pode ser casado por um ministro de outra denominação, e fazemos casamentos de divorciados, mas não casamentos homoafetivos.   
Unção dos Enfermos
O sacramento da Unção dos Enfermos é ministrado àqueles católicos que estão em perigo de morte. O propósito do sacramento é restaurar a saúde da pessoa e absolver o indivíduo de qualquer pecado remanescente. Ele também serve como preparação para a morte. Um padre ora e unge a pessoa doente com azeite que foi benzido por um bispo. O sacramento também é conhecido como Extrema Unção, Últimos Ritos ou Última Bênção. Este é o único sacramento que nunca recebi nem testemunhei, por isso me refiro ao Dicionário Enciclopédido da Nova Bíblia Americana, publicado pelos editores da Bíblia Católica, para mais explicação. A bênção é dada a uma pessoa que está morrendo e que tenha feito um Ato de Contrição e que tenha confessado o Nome Santo. É usada a fórmula do Papa Benedito XIV; a bênção não pode ser dada a um moribundo que foi excomungado, a um impenitente, ou quem quer que esteja morrendo em pecados mortais, em nossa igreja damos a todos independe do pecado pois Deus não faz acpeção de pessoas ou pecados ele é perdoador. 

DAS CONTRADIÇÕES E COMO REBATE-LAS...

Sacramentos e a Bíblia
A Igreja Católica ensina que a Bíblia é a Palavra de Deus, portanto, eu gostaria de examinar o que a Bíblia tem a dizer sobre os sacramentos que são praticados pela Igreja Católica. A palavra sacramento não aparece na Bíblia, contudo, há lugares nas Escrituras onde vemos atos ou mandamentos que são semelhantes a alguns dos sacramentos. A seguir, vai uma comparação e contraste:   
Batismo
A palavra batismo, ou uma forma desta palavra, aparece 96 vezes na Bíblia e o ato do batismo é referido em uns poucos outros lugares, ainda que não pelo nome. Todas estas referências ocorrem no Novo Testamento.   
Em comparação, algo do que a Igreja Católica ensina sobre batismo é confirmado pela Bíblia. O batismo foi ordenado por Cristo como parte do modo de fazer discípulos. É um batismo nas águas e seu propósito é para a remissão de pecado. É neste ponto do batismo que uma pessoa obtém salvação e se torna membro da igreja de Cristo. (Veja Mateus 28:19; Marcos 16:16; Atos 2:38,41; Gálatas 3:26,27; e 1 Pedro 3:20,21.)   
Em contraste, há várias coisas sobre o batismo católico que não são encontradas nas Escrituras. Estes aspectos são: o batismo de recém-nascidos, o conceito de pecado original e o ato da aspersão, em vez da imersão.
Todas as ocasiões de batismo relatadas nas Escrituras envolvem adultos. De modo a ser batizada, cada pessoa tinha que confessar sua fé que Jesus é o Filho de Deus e arrepender-se de seus pecados. Não há exemplos de crianças pequenas sendo batizadas porque elas são incapazes desses dois atos.   
A Bíblia não ensina o conceito de "pecado original". O batismo é o ponto em que a pessoa recebe o perdão se seus próprios pecados. No capítulo 18 do livro de Ezequiel, Deus explicou ao profeta que cada pessoa é tida como responsável por seus próprios pecados e as pessoas não podem ser responsabilizadas pelos pecados de seus ascendentes. Meu entendimento das Escrituras a respeito do assunto é que todos os seres humanos sofrem as consequências físicas do pecado de Adão e Eva sendo separados da árvore da vida, mas Deus não responsabiliza ninguém pelos pecados de outros, inclusive os de Adão e Eva.   
A palavra "batismo" nas Escrituras, quando traduzida literalmente, significa "consistente de processos de imersão, submersão e emersão (de bapto, mergulhar)" (W.E. Vine, Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento). Os batismos que aconteceram quando Jesus e os apóstolos estavam na terra não foram uma aspersão ou derramamento de água. As pessoas que foram batizados foram inteiramente imersos em água. João, por exemplo, batizava numa parte do rio Jordão que tinha muita água (João 3:23), capacitando-o a imergir completamente aqueles que vinham a ele. O capítulo 6 da carta de Paulo aos Romanos explica o simbolismo da imersão. "Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Pelo batismo fomos sepultados com ele na morte, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos por meio da glória do Pai, assim também nós possamos caminhar numa vida nova" (6:3-4). Quando uma pessoa é abaixada na água e coberta, isso é muito parecido com um sepultamento. Quando essa mesma pessoa é levantada da água, é como uma ressurreição dos mortos. O batismo é o ponto no qual uma pessoa morre para o pecado e começa uma nova vida espiritual.   
Confissão
O ato de confessar pecado é parte tanto do Velho como do Novo Testamento. Sob a velha aliança, os sacerdotes e guias confessavam seus próprios pecados e os pecados do povo a Deus (Levítico 16:21; Esdras 10:1, 11; Neemias 9:2, 3). Frequentemente, esta confissão era ligada com os dias santos ou com os sacrifícios individuais pelo pecado. As pessoas também confessavam seus próprios pecados diretamente a Deus, em oração, ou os confessavam uns aos outros (Números 5:7; Josué 7:19-21; Daniel 9:4,5,20).   
Sob a nova aliança as pessoas foram mandadas confessar seus pecados umas às outras (Tiago 5:16) e foram asseguradas de que Deus as perdoaria (1 João 1:9). Sob a nova aliança, o povo não confessa seus pecados aos sacerdotes, porque não havia nenhuma classe especial de sacerdotes na igreja no Novo Testamento. Em sua primeira carta, Pedro, o apóstolo, esclareceu que todos os cristãos são parte do santo sacerdócio que oferece sacrifícios espirituais aceitáveis por Deus, através de Cristo Jesus (1 Pedro 2:5). A confissão mencionada nas Escrituras também não parece ter sido parte de qualquer cerimônia em particular.
Santa Comunhão
O sacramento da Santa Comunhão tem suas raízes nas Escrituras. Conforme mencionado na missa, Jesus instituiu este memorial na noite em que foi traído. Ele também instruiu seus discípulos a continuarem esta ceia especial em sua memória. Três das narrativas dos evangelhos registram este evento significativo: Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-25 e Lucas 22:14-20. Em sua primeira carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo dá instruções sobre a história e o propósito da Ceia do Senhor (11:23-34). Ele também da orientações sobre a maneira como deve ser recebida.   
A Bíblia sugere que os discípulos dos primeiros dias da igreja se reuniam no primeiro dia da semana para partilhar a Ceia do Senhor (Atos 20:7). Tanto o pão como o fruto da videira eram tomados todas as vezes em que participavam desta comemoração da morte de Cristo. A Bíblia não menciona o conceito de transubstanciação.   
Crisma
A palavra "crisma" (ou "confirmação") não aparece na Bíblia e eu não posso localizar qualquer cerimônia ou comportamento nas Escrituras que seja comparável com esta prática católica.   
Ordens Sacras
O termo Ordens Sacras não aparece na Bíblia, e não há cerimônias ou comportamentos no Novo Testamento que sejam comparáveis com a prática católica de ordenar sacerdotes. Como foi mencionado antes, não havia classe especial de sacerdotes na igreja cristã primitiva.   
Nas ocasiões quando evangelistas, aqueles que eram sustentados para pregar a palavra de Deus, saíam para uma jornada, seus colaboradores os despediam com uma "imposição de mãos" (veja, por exemplo, Atos 13:1-3). Esta prática, contudo, não era nenhum tipo de ordenação, mas muito mais parecida com um costume representando uma bênção à obra a ser cumprida.   
No Velho Testamento, Deus deu instruções muito especiais sobre como os sacerdotes teriam que assumir seu papel de guias espirituais de Israel. Aquelas práticas, contudo, aplicavam-se somente à fé judaica, porque os deveres sacerdotais estavam ligados diretamente ao serviço no templo, envolvendo sacrifícios de animais e adesão à lei judaica. Estas práticas da velha aliança entre Deus e Israel não são parte da nova aliança entre Jesus e seus seguidores.   
Matrimônio
O sacramento do matrimônio não é mencionado na Bíblia. Há ocasiões nas Escrituras quando casamento e bodas são mencionados, mas em nenhuma destas instâncias a união do homem com a mulher é parte de uma cerimônia religiosa. Há mandamentos dados nas Escrituras sobre a necessidade de fidelidade no casamento e os papéis do esposo e da esposa, e o casamento poderia certamente cair dentro dos mandamentos gerais para se obedecerem as leis do governo (Romanos 13:1,2 e 1 Pedro 2:13-17). Além destes regulamentos, a Bíblia não diz como, quando ou porque o casal deverá ser unido. Ela também não indica que qualquer graça especial seja recebida por um casal no dia das suas bodas.   
Unção dos Enfermos
A Epístola de Tiago, capítulo 5, versículos 14 e 15 diz: "Alguém de vocês está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que rezem por ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé salvará o doente: o Senhor o levantará e, se ele tiver pecados, será perdoado." Isto soa muito semelhante à prática católica de ungir os doentes, contudo, na Bíblia, a oração e a unção são feitas pelos presbíteros.   
No Velho Testamento há várias ocasiões em que pessoas que estão próximas da morte dão bênçãos àqueles que permanecerão na terra depois de sua partida; contudo, não há instâncias de uma bênção dada à pessoa que está morrendo.   
Resumo
Pelo exame, vimos que alguns dos sacramentos são semelhantes a práticas encontradas nas Escrituras enquanto outros não são de modo algum encontrados nas Escrituras, de forma nenhuma. Descobrimos, também, que além do batismo e da Ceia do Senhor, e unção dos doentes com o propósito de restaurar a saúde, os sacramentos praticados pela Igreja Católica não são registrados nas Escrituras como práticas religiosas formais na igreja cristã primitiva, mas por outro lado estamos vivendo o novo testamento e a dispensação da graça portanto todos os sacramentos da Igreja Vetero Católica embora contestados são verdadeiros...

A BÍBLIA E JESUS

A Bíblia e Jesus !                                      1. Em Gênesis Jesus é: O nosso Criador (Gn 1) e A Semente da mulher. (3:15)...